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HIV, Soropositividade e AIDS

Segundo o Ministério da Saúde, no final do ano de 2018, o Brasil registrou uma redução de 16% no número de detecções de novos casos de infecção por HIV. #saude #labsca #medicinadiagnostica #saobentodosul #rionegrinho #hiv #aids


Segundo o Ministério da Saúde, no final do ano de 2018, o Brasil registrou uma redução de 16% no número de detecções de novos casos de infecção por HIV. Nota-se que isso ocorreu principalmente nos casos de transmissão vertical, ou seja, de mãe para o bebê, durante a gestação. No entanto, apesar deste avanço no combate ao HIV, infelizmente foram notados aumentos de taxa de contaminação em alguns grupos específicos, principalmente entre adolescentes e jovens adultos.


Some-se a isso o fato de que, ainda hoje, falar abertamente sobre HIV e AIDS é considerado um tabu e, por conta disso, muitas pessoas propagam informações erradas sobre o assunto. Neste sentido, resolvemos esclarecer quais são as diferenças entre HIV, soropositividade e AIDS.


O HIV é um retrovírus, ou seja, é um vírus que necessita de outra célula para realizar a sua reprodução. Neste caso específico, o vírus utiliza os linfócitos T, que são células do nosso sistema imunológico. Quando o vírus se reproduz dentro da célula, ele acaba por destruí-la. Quando ele se reproduz em quantidades grandes, acaba diminuindo consideravelmente o número de linfócitos e prejudicando nosso sistema imunológico.


O HIV pode ser transmitido de algumas formas, sendo a mais comum através da relação sexual sem proteção. Mas também existe a possibilidade de contágio através de utilização de compartilhamento de seringas, objetos cortantes não esterilizados e pela gestação. Estudos mostram que o aumento do contágio entre adolescentes e adultos se dá principalmente pela falta do uso de preservativo durante o sexo.


Uma vez que o indivíduo tenha entrado em contato com o vírus e este passe a se reproduzir dentro do seu organismo, essa pessoa se torna soropositiva. Este termo unicamente indica uma pessoa que é portadora do vírus.


A soropositividade não indica necessariamente que a pessoa apresente algum sintoma, inclusive, um indivíduo soropositivo pode passar anos sem apresentar qualquer sinal de ser portador do vírus. Por conta disso, especialistas na área da saúde sempre apontam a necessidade de realizar o teste de HIV, pois mesmo sem apresentar sintomas, uma pessoa pode ser soropositiva.


Neste sentido, o governo federal já lançou campanhas orientando a fazer o teste, pois é mais importante saber o seu status – se você é soropositivo ou soronegativo - e realizar o acompanhamento médico do que não fazer o exame e ficar na dúvida ou sem acompanhamento, caso necessário.


Quando um indivíduo soropositivo não realiza nenhum tipo de controle, sua carga viral aumenta exponencialmente, deixando seu sistema imunológico cada vez mais debilitado. Este é o caso de uma pessoa com AIDS. Como a própria sigla diz, a AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou seja, uma doença que afeta diretamente o sistema imunológico, deixando-o debilitado e deixando nosso organismo suscetível a doenças oportunistas.


A AIDS é uma doença sem cura até hoje. No entanto, os tratamentos foram evoluindo com os anos e, atualmente, é possível um indivíduo soropositivo, fazendo o tratamento corretamente, ter carga viral indetectável, o que diminui drasticamente a sua chance de transmitir o vírus para outras pessoas e também diminui as chances de apresentar sintomas.


O teste de HIV está disponível gratuitamente pela rede pública, assim como a medicação para tratamento. É importante saber o seu status, independente da sua idade, orientação sexual ou estado civil. O resultado é rápido e confiável. E quanto antes o tratamento for feito, mais fácil é o controle da evolução do vírus.


No próximo mês falaremos sobre as estratégias e campanhas de prevenção. Falaremos também sobre prevenção combinada, público alvo e populações prioritárias.

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